Os candidatos Yamandú Orsi, de centro-esquerda, e Álvaro Delgado, de centro-direita, registraram seus votos no segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai, neste domingo (24).
Orsi votou por volta das 10h30 em sua cidade natal, Canelones, a segunda mais populosa do país, onde foi prefeito de 2015 a 2024, cercado por familiares e apoiadores.
Já o conservador Delgado, que possui o apoio do candidato que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, votou na capital Montevidéu por volta das 12h30.
Orsi, que é protegido do ex-presidente Pepe Mujica, ganhou no primeiro turno com 43,9% dos votos para o Movimento de Participação Popular (MPP), contra os 26,8% de Delgado, do Partido Nacional.
O centro-direitista tem o apoio do conservador Partido Colorado, que, com o Nacional, compõe quase 42% dos votos. Os dois partidos fizeram o mesmo em 2019, vencendo a eleição.
As pesquisas de opinião finais sugerem que o segundo turno deste domingo (24) promete ser acirrado, com menos de 25 mil votos separando potencialmente os concorrentes.
Após registrar seu voto, o pupilo de Mujica se dirigiu aos eleitores indecisos e fez um pedido. “Não percam a esperança na política”, declarou enquanto falava com jornalistas.
O apelo é feito no momento em que esse grupo de eleitores [indecisos] pode ser fundamental em uma disputa extremamente acirrada.
Delgado também conversou com jornalistas após votar e reforçou a importância da ida às urnas no domingo, “hoje os uruguaios decidem os próximos cinco anos”.
Cenário da disputa
Altos custos de vida, desigualdade e crimes violentos estão entre as maiores preocupações dos uruguaios, mas a inflação tem diminuído na preparação para a eleição, e tanto o emprego quanto os salários estão aumentando.
O Uruguai contraria a tendência global de fortes divisões entre direita e esquerda vistas em muitos países no que tem sido um ano eleitoral de 2024.
O atual presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, alimenta a tensão com outros membros do Mercosul com seus planos para acordos comerciais fora do bloco, incluindo a China.
Críticos do Mercosul dizem que ele impede o Uruguai de aumentar suas exportações de produtos como carne bovina e soja.
Lacalle Pou continua popular, mas a constituição do Uruguai não permite que os líderes concorram à reeleição imediata.
*Com informações da Reuters
Fonte: www.cnnbrasil.com.br